Uma das principais regras de Descartes, que tem muito a ver com o que falei até agora, é a da EVIDÊNCIA:
"Não admitir 'nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal'. Em outras palavras, evitar toda 'precipitação' e toda 'prevenção' (preconceitos) e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto, isto é, o que 'eu não tenho a menor oportunidade de duvidar'..." [FONTE: Mundo dos Filósofos]
Eu já cheguei a pensar que, por defender o método de sempre estar duvidando de tudo, Descartes acabou vendo na Matemática uma forma de ter mais clareza naquilo que estudava. Afinal, não há nada mais exato, lógico e preciso do que essa disciplina e toda a sua exatidão acabaria com muitas dúvidas. Me enganei. Até da Matemática o pensador chegou a duvidar, afinal, quem lhe garante que 2+2 é de fato igual a 4? Poderia muito bem existir uma força maior e poderosa que o engana e o faz acreditar que esse resultado é verdadeiro.
O que me deixa interessado em Descartes é que seus pensamentos abrem espaço a muitas discussões, ninguém tem uma opinião concreta sobre ele, assim como ele também tinha pouca certeza sobre as questões filosóficas que o rodeava. A filosofia é um livro com páginas em branco nas mãos de qualquer um. Qualquer pessoa pode escrever o que quiser nesse livro e interpretar um pensador da forma como achar conveniente. Essa é a forma como eu enxergo os pensamentos de Descartes, e quem discordar, por favor se manifeste, porque eu CURTO MUITO que discordem de mim, afinal, que chata seria uma discussão onde todo mundo concordasse com tudo o que é dito, né?
Por @FelipeTavares
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